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Andrea N S Paim
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CRIANÇAS DIFÍCEIS: O QUE FAZER?

Muito se fala hoje em falta ou ausência de limites e crianças difíceis.
Nas escolas, essas questões são bastante pontuadas com ênfase, pois esbarram na indisciplina.
Nós educadores buscamos justificar os porquês de alguns comportamentos que julgamos pelo nosso senso comum como estranhos. O resultado é previsto: nem sempre temos respostas.
A indisciplina se mistura com a falta de limites. A falta de limites se funde com desrespeito; desobediência; não aprendizado... caos....
Nesse contexto, a psicologia abraçou a questão da indisciplina, buscando sanar alguns problemas e manifestações com tratamentos terapêuticos. Alguns comportamentos em graus mais elevados, se constituíram transtornos, sendo necessária a indicação de tratamento psicoterapêutico e medicamentoso.
A neurologia também busca entender a indisciplina, a falta de limites e o não aprendizado. Sob sua ótica, o aprendizado tem muito mais a ver com o prazer do que com a disciplina: assim se aprende o que é interessante e agradável e não se deixa de aprender por falta limites ou pela indisciplina por si.
Educadora em casa com meus dois filhos adolescentes, eu também não escapo dos limites.
Sinto que a imposição dos limites apesar de árdua é absolutamente necessária para o bem estar dos meus filhos e do mundo com o qual eles vão se relacionar.
O adolescente por si quer satisfazer suas necessidades de imediato, resiste às regras como forma de contestar o mundo, buscando mecanismos para burlá-las. Todo esse "pacote" exige de nós pais- educadores uma dose fenomenal de paciência, perseverança, atenção, persistência, pois a mesma mensagem poderá ter de ser repetida inúmera vezes, para que o adolescente a coloque em prática.
A firmeza, a coerência, o amor, a consistência nas nossas ações que precisam ser pontuais dão sustentação ao encaminhamento de limites.
A firmeza, a coerência, o amor, a consistência nas nossas ações que precisam ser pontuais dão sustentação ao encaminhamento de limites.
Na educação formal, a aproximação dos conteúdos com as experiências individuais dos alunos trazem resultados mais prazerosos.
Crianças difíceis de lidar sempre tive e não as vejo como problema, mas sim, como um grande e belo desafio.
O importante na relação com a criança ou adolescente é respeitá-la e se fazer respeitar. Ouvir e ensiná-la a ouvir os outros.
Partilhar experiências, trocar conhecimentos, dar parâmetros para que se sintam seguros. Permitir sem ser permissivo.
É fundamental que os pais ou responsáveis pela criança comecem a discipliná-la em casa, ficando a escola responsável por acrescentar outros valores, pois sabemos que nenhuma pessoa é educada de uma hora para outra. Assim, a formação educacional é um processo contínuo e alguns requisitos como a paciência, a troca, o carinho, a atenção são fundamentais. Durante todo esse meu caminhar educando, passei a me ater e a respeitar esses requisitos fundamentais. A grande surpresa foi para mim mesma, pois cresci e me descobri uma pessoa sensível, preocupada com o outro e com a qualidade das relações estabelecidas nessa trajetória.
Como conseqüência, me transformei e mudei minha prática educativa em casa, no convívio familiar; na sociedade e no meu fazer educativo.
Birras infantis, choramingos, gritos, atritos, confrontos, passaram a ser vistos por mim de outra forma. Eu sempre me questionava: Por que tal criança está fazendo aquela atitude? Com que intenção? Já sabia então que criança não é aquela criatura sublimada e boa descrita nas histórias.
Agora eu as via de modo real e não mais ideal.
Tendo esse entendimento, minha postura frente a ela era outra: de indivíduo para indivíduo e todo com os mesmos direitos e os mesmos deveres, guardadas as proporções de idade e maturidade, é claro...
Se a criança desobedecia, era preciso entender aquele contexto e não aquela reação pontual, fragmentada. E como faria isso daqui para frente?
Com toda franqueza foi um trabalho árduo, que levou anos e muito envolvimento com as crianças e famílias. Só as deixando falar, dando vez e voz eu poderia entender e atuar em parceria com as famílias, buscando formas mais acertivas de "resgatar" aquelas crianças.
Hoje entendo que a indisciplina é o termômetro de uma relação É evidenciada quando há uma quebra de contratos, e quando esse se rompe
acaba a credibilidade e a legitimação no outro, o prazer nos desafios e nas novas buscas.
Lembro que não há regras, nem fórmulas para tratar um conflito. O importante é não temer, tomar uma posição concreta, ser verdadeiro, ouvir, respeitar o outro, se posicionar e evitar que o conflito se transforme em confronto: esse sim é difícil de se transpor e nada acrescenta a ninguém.
AUTORA: MÔNICA A. P. C. LUZ

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