DEFICIENTES INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?
Elizabete Chinche Bregantini
Qual o papel do psicopedagogo na Inclusão um escolar?
Para falar do papel do psicopedagogo e da Inclusão, gostaria primeiramente de fazer uma breve reflexão sobre a questão da deficiência.
O problema da aceitação e da adaptação das crianças deficientes à sociedade ocorre em todos tempos e em todos os lugares. As atitudes de integração e segregação sofrem influências dos arquétipos coletivos, que transmitem mensagens de segregação, incapacidade e anormalidade.
Atualmente acredita-se no potencial, há um movimento de integração/ inclusão, mas como vivemos um momento de transição, ao mesmo tempo em que se a aposta na integração, as práticas muitas vezes, continuam tendo uma natureza segregacionista.
Tentou-se no Brasil, para minimizar a segregação, usar diferentes rótulos como: excepcionais, deficientes, portadores de deficiência, portadores de necessidades especiais e, com a Política Nacional de Educação especial (1993), passaram a ser chamados de "portadores de necessidades educativas especiais". Porém o problema está centrado no viés político-ideológico e social, pôr continuar ainda marcado por concepções e práticas do passado que enfatizam a incapacidade e a normalidade.
Entre essas duas idéias encontra-se o Educador, pôr um lado tem de andor a Segregar e pôr outro lado a Integrar.
Com a educação de portadores de necessidades especiais, tenho vivenciado algumas situações que levam a pensar: como vem ocorrendo o processo de integração? De inclusão? Onde está a congruência entre o falar de Integração/Inclusão e realmente promovê-la? E afinal, o que é Integrar? Incluir?
Inclusão: se considerarmos o conceito de classificação segundo Jean Piaget o "conjunto das pessoas portadoras de deficiência está incluso no conjunto de pessoas", porém na prática há diferentes posturas oriundas de influências sócio-política-cultural e psicológicas, contrárias a este fato natural e espontâneo.
Integrar: no sentido etimológico, do latim integrare, significa formar, coordenar ou combinar num todo unificado (unido)
Integração: significou ato o processo de integrar.
Ao proporcionarmos esse processo é importante favorecermos a integridade do indivíduo, considerada no sentido etimológico, do latim integritat, o que significa personalidade sem fragmentação.
Esse cuidado deve ocorrer desde os primeiros anos de vida, quando o bebê e a criança interagem com o meio, considerando-se sua maneira própria, diferente, de entrar em contato com o mundo, respeitando-se suas possibilidades e limites. Caso contrário tenderá a uma fragmentação ou desintegração da personalidade.
O psicopedagogo tendo uma compreensão abrangente sobre a deficiência poderá desenvolver um importante papel instituições escolares, discutindo novas metodologias de ensino, questões sobre o preconceito e rejeição, ou diferentes modalidades de aprendizagem, seja do aluno ou do professor. Desta forma estará desenvolvendo um trabalho preventivo e contribuindo em direção da meta, talvez utópica da equiparação de oportunidades, o que o significa a sociedade se preparar para receber a pessoa portadora de deficiência.
O problema da aceitação e da adaptação das crianças deficientes à sociedade ocorre em todos tempos e em todos os lugares. As atitudes de integração e segregação sofrem influências dos arquétipos coletivos, que transmitem mensagens de segregação, incapacidade e anormalidade.
Atualmente acredita-se no potencial, há um movimento de integração/ inclusão, mas como vivemos um momento de transição, ao mesmo tempo em que se a aposta na integração, as práticas muitas vezes, continuam tendo uma natureza segregacionista.
Tentou-se no Brasil, para minimizar a segregação, usar diferentes rótulos como: excepcionais, deficientes, portadores de deficiência, portadores de necessidades especiais e, com a Política Nacional de Educação especial (1993), passaram a ser chamados de "portadores de necessidades educativas especiais". Porém o problema está centrado no viés político-ideológico e social, pôr continuar ainda marcado por concepções e práticas do passado que enfatizam a incapacidade e a normalidade.
Entre essas duas idéias encontra-se o Educador, pôr um lado tem de andor a Segregar e pôr outro lado a Integrar.
Com a educação de portadores de necessidades especiais, tenho vivenciado algumas situações que levam a pensar: como vem ocorrendo o processo de integração? De inclusão? Onde está a congruência entre o falar de Integração/Inclusão e realmente promovê-la? E afinal, o que é Integrar? Incluir?
Inclusão: se considerarmos o conceito de classificação segundo Jean Piaget o "conjunto das pessoas portadoras de deficiência está incluso no conjunto de pessoas", porém na prática há diferentes posturas oriundas de influências sócio-política-cultural e psicológicas, contrárias a este fato natural e espontâneo.
Integrar: no sentido etimológico, do latim integrare, significa formar, coordenar ou combinar num todo unificado (unido)
Integração: significou ato o processo de integrar.
Ao proporcionarmos esse processo é importante favorecermos a integridade do indivíduo, considerada no sentido etimológico, do latim integritat, o que significa personalidade sem fragmentação.
Esse cuidado deve ocorrer desde os primeiros anos de vida, quando o bebê e a criança interagem com o meio, considerando-se sua maneira própria, diferente, de entrar em contato com o mundo, respeitando-se suas possibilidades e limites. Caso contrário tenderá a uma fragmentação ou desintegração da personalidade.
O psicopedagogo tendo uma compreensão abrangente sobre a deficiência poderá desenvolver um importante papel instituições escolares, discutindo novas metodologias de ensino, questões sobre o preconceito e rejeição, ou diferentes modalidades de aprendizagem, seja do aluno ou do professor. Desta forma estará desenvolvendo um trabalho preventivo e contribuindo em direção da meta, talvez utópica da equiparação de oportunidades, o que o significa a sociedade se preparar para receber a pessoa portadora de deficiência.
A integração ou inclusão do portador de deficiências supõe uma superação dos preconceitos, metodologias de trabalho e conhecimento científico. Os profissionais de educação estão preparados para lidar com essa questão?
Quando nos referimos a esta questão, a primeira pergunta que fazemos é quanto ao tipo de deficiência e grau, assim obtemos diferentes classificações em relação à deficiência mental, visual, auditiva, motora e múltipla. Desta forma temos apenas informações em relação aos aspectos orgânicos funcional da deficiência. Porém considerando-se a complexidade do tema é necessário considerar os outros fatores envolvidos como: Cultural, Político ou Econômico, Social e Psicológico. Assim sendo se o Psicopedagogo exercer uma atuação holística pensando o sujeito como um todo inserido na família, escola, trabalho, comunidade e sociedade poderão promover a inclusão, equiparação de oportunidades e a transformação de modelos tradicionais de aprendizagem e clássicos de atendimento na área da saúde. É preciso analisar e atuar com visão crítica e reflexiva sobre as questões culturais, políticas, da formação profissional e pessoal, envolvidos o problema.
Qual a proposta da Prefeitura aos professores que tem em suas classes crianças com algum tipo de deficiência?
A Secretaria Municipal de Educação -SME, por intermédio do Núcleo de Educação Especial criou salas de apoios pedagógicos destinadas a crianças com dificuldades de aprendizagem a SAP e para crianças portadoras de necessidades especiais a SAPNE.
Estas classes funcionam dentro de muitas EMEIS ou EMPG e à criança freqüenta a classe regular e em outro período esta salas. A divisão ocorre pôr tipo de deficiência: mental, física, auditiva e visual.
Existe também cinco escolas especiais para deficientes auditivos, as EMENDAS.
Estas classes funcionam dentro de muitas EMEIS ou EMPG e à criança freqüenta a classe regular e em outro período esta salas. A divisão ocorre pôr tipo de deficiência: mental, física, auditiva e visual.
Existe também cinco escolas especiais para deficientes auditivos, as EMENDAS.
Você acredita que o psicopedagogo possa ser um bom mediador nesta questão?
Para o psicopedagogo ser um bom mediador no processo de inclusão, atuando tanto na área da saúde como da educação é necessário:
A inserção nos currículos de graduação e pós-graduação no caso da Psicopedagogia, sobre a deficiência e também sobre a interdisciplinaridade importantíssima nesta questão e no serviço público.
Acreditar e promover a filosofia inclusivista, considerando todos os aspectos envolvidos no tema.
Exercem uma atuação abrangente, examinando os múltiplos aspectos que influenciam comportamento do sujeito e sua relação com o meio.
Serem instituintes promovendo novas alternativas de ação à saúde ou educação.
Atuarem em equipe interdisciplinar viabilizando as atividades.
A inserção nos currículos de graduação e pós-graduação no caso da Psicopedagogia, sobre a deficiência e também sobre a interdisciplinaridade importantíssima nesta questão e no serviço público.
Acreditar e promover a filosofia inclusivista, considerando todos os aspectos envolvidos no tema.
Exercem uma atuação abrangente, examinando os múltiplos aspectos que influenciam comportamento do sujeito e sua relação com o meio.
Serem instituintes promovendo novas alternativas de ação à saúde ou educação.
Atuarem em equipe interdisciplinar viabilizando as atividades.
Quais são os perigos de integrar-por integrar, sem a preocupação com a qualificação, sem a infra-estrutura necessária, sem o critério técnico?
Estamos acostumados com a instituição especializada, com a classe especial que reflete a conformidade com a sociedade em que vivemos, que tende a excluir as minorias e delas esperar sempre muito pouco.
A Integração a sala de aula regular tem ocorrido em minimamente, e quando ocorre há poucos recursos de reconhecimento para garantir o sucesso e permanência destes alunos. Esta escassez gera frustração do aluno, repetência, marginalização e exclusão.
A Integração a sala de aula regular tem ocorrido em minimamente, e quando ocorre há poucos recursos de reconhecimento para garantir o sucesso e permanência destes alunos. Esta escassez gera frustração do aluno, repetência, marginalização e exclusão.
Além de socialmente não serem discriminadas as crianças especiais, quais benefícios na aprendizagem terão elas ao serem inseridas num ambiente normal de escolarização?
A simples inserção em sala de aula regular não garante a inclusão. É necessário investimento consistente permanente na formação dos educadores, em relação ao ensino geral e as especialidades das deficiências.
É importante pensar no ensino especial inserido no contexto geral, buscando a construção de uma educação democrática para todos, o aprimoramento da qualidade do ensino regular, com novas maneiras de ensinar adequadas e heterogeneidade do aprendiz como; o ensino em rede, a globalização, e a transdisciplinaridade.
É importante pensar no ensino especial inserido no contexto geral, buscando a construção de uma educação democrática para todos, o aprimoramento da qualidade do ensino regular, com novas maneiras de ensinar adequadas e heterogeneidade do aprendiz como; o ensino em rede, a globalização, e a transdisciplinaridade.
Existe uma equipe multidisciplinar para atendimento e inclusão dessas necessidades educativas especiais?
De acordo com minha praxe a Secretaria Municipal da Saúde no atendimento a pessoa portadora de deficiência, considero de extrema importância o trabalho interdisciplinar. Porém há um caminho a percorrer, por ser um modo de atendimento integrado, de difícil obtenção.
Este modelo normalmente não é transmitido pelas faculdades, não é valorizado pela política de saúde atual, que priorizar a quantidade de atendimento, em conseqüentemente os profissionais de saúde encontram muitas dificuldades e desenvolvê-lo. Geralmente ficam presos à especificidade de cada disciplina, com o dever de cumprir um número determinado de consultas, mantendo-se fiel o modelo de atendimento de consultório.
No Serviço Público, o profissional se depara, além das questões de saúde, com as de fome, pobreza, miséria, abandono, violência e outras, tornando-se muito difícil, ou mesmo impossível um único especialista "resolver" questões de tamanha magnitude. No trabalho equipe, tem-se a possibilidade de pensar, discutir, trocar idéias com diferentes especialistas, e inclusive com o usuário, aumentando-se a probabilidade de se não resolver os problemas, pelo menos minimizar anos
Este modelo normalmente não é transmitido pelas faculdades, não é valorizado pela política de saúde atual, que priorizar a quantidade de atendimento, em conseqüentemente os profissionais de saúde encontram muitas dificuldades e desenvolvê-lo. Geralmente ficam presos à especificidade de cada disciplina, com o dever de cumprir um número determinado de consultas, mantendo-se fiel o modelo de atendimento de consultório.
No Serviço Público, o profissional se depara, além das questões de saúde, com as de fome, pobreza, miséria, abandono, violência e outras, tornando-se muito difícil, ou mesmo impossível um único especialista "resolver" questões de tamanha magnitude. No trabalho equipe, tem-se a possibilidade de pensar, discutir, trocar idéias com diferentes especialistas, e inclusive com o usuário, aumentando-se a probabilidade de se não resolver os problemas, pelo menos minimizar anos
Elizabete Chinche Bregantini - Psicóloga Clínica/Psicopedagoga Assessora técnica do Programa de Atenção a Pessoa Deficiente da PMSP Membro do Núcleo Psicopedagógico Integração Diretora Adjunta da ABP
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